sábado, 19 de fevereiro de 2011

Doce de Ouro dos Ciganos

INGREDIENTES:

200gr de açúcar fino
1 xícara de chá com água
Casca de uma laranja
6 cravos da Índia
2 pedaços de canela em pau.
6 ovos, retire as claras bate em neve, depois coloque as gemas e volta a bater até ficar cremoso.

Modo de preparar:
Coloque em uma panela a água com a casca da laranja, os cravos da índia e a canela em pau.
Deixar ferver bem, depois coe em uma peneira.
Volta para a panela só o liquido e coloque o açúcar para fazer uma calda branca, quando esta calda estiver fervendo vai jogando as colheradas dos ovos batidos.
Uma observação: Sempre é bom jogar de uma a duas nunca demais para não se juntarem.
Quando ficar na superfície desta calda retire com uma espumadeira uma a uma, vai colocando em uma compoteira grande e bonita, quando acabar a sobra da calda coloque em cima de tudo um pouco fria.
Esta ai o doce de ouro o melhor o doce de ouro em calda dos ciganos .

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Agenda

Espanha: I Seminário Internacional "Diversidade Cultural: Cultura e Arte Romani na Europa"

23.02.2011

Peritos e agentes culturais de vários países reúnem-se no I Seminário Internacional "Diversidade Cultural: Cultura e Arte Romani na Europa", que se realiza dia 23 de Fevereiro de 2011, em Cáceres, Espanha. O encontro, organizado no âmbito do projecto Romaniart, promete aproximar a população local da cultura cigana e "promover a investigação sobre este tema como uma contribuição importante para a cultura europeia". Do programa farão parte exposições de fotografia, filmes, e outras obras criadas por artistas de etnia cigana.

Projecto-Piloto para Mediadores Municipais: Reunião de coordenadores técnicos

16.02.2011

Realiza-se no dia 16 de Fevereiro, pelas 10h30, nas instalações do ACIDI, mais uma reunião de coordenadores técnicos do Projecto-Piloto para Mediadores Municipais junto das comunidades ciganas. O projecto lançado pelo ACIDI, em 2009, entrou já no segundo ano de actividade.


Bruxelas: Encontro da Rede Roma Eurodiaconia

15.02.2011

A Eurodiaconia, federação composta por um conjunto de entidades na Europa unidas pela fé cristã, ao serviço da promoção dos direitos do povo cigano, organiza a sua reunião anual no próximo dia 15 de Fevereiro de 2011, em Bruxelas. O encontro sucede a uma reunião que decorre na véspera, dia 14 de Fevereiro, na mesma cidade, organizada pela rede Eurodiaconia, afim de responder à consulta para um enquadramento europeu para as estratégias nacionais de integração do povo Roma, que será apresentado em Abril de 2011.

Fonte: http://www.ciga-nos.pt/

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Desabafos



Falem o que falarem… acredito no amanhã…
Acredito nas pessoas, nas suas capacidades….e nas mudanças…independentemente das suas origens, são pessoas, com vontades, desejos e ambições.
Amo o povo, amo as pessoas, acredito nas pessoas!
Acredito poder contribuir para a mudança de atitudes por parte de alguns e para a resignação de outros.
Educação! Palavra-chave para o mundo!
Respeito! Respeito pelo outro, como nós gostamos que nos respeitem!
Ver! Ver para além do que é físico, do que está perto, do que tocamos!
Acreditar e lutar pela vida, pela felicidade, contribuindo seja de que forma for para a paz entre povos!
Abolir barreiras mentais pré-definidas concebendo a felicidade para todos.
Persistir e nunca, nunca desistir!!

Florbela Dias

Caracterização da Comunidade Cigana dos Caliços

A comunidade cigana do Sítio dos Caliços, é uma comunidade fixa, residente há várias décadas numa zona limítrofe ao Sítio do Esteval, freguesia de Almancil, concelho de Loulé. Num um espaço amplo e agreste avista-se um enorme campo coberto de mato trespassado pela via do Infante.
Avizinhada por algumas casas e barracas ciganas dispersas, a comunidade específica encontra-se concentrada num espaço moderado e asseado. Um espaço partilhado por todos, principalmente pela extensa família que nele coabita.
No entanto e para além da beleza natural presente neste espaço, apresenta carências de várias ordens, tal como a deficiente condição de acesso à satisfação das necessidades básicas a que um ser humano deve ter, nomeadamente a ausência de água, de luz e saneamento básico.
O estreito contacto mantido com esta população, levou-nos a ilações muito importantes, apesar da revolta daquele povo pela falta de condições habitacionais, falta de oportunidades profissionais, falta de reconhecimento e aceitação daquela cultura, mostraram-se bastante afáveis e com uma grande abertura. Abertura para uma cultura que aos poucos se mistura com a deles, visível no seu modo e hábitos presentes. Embora convictos e religiosamente praticantes da sua cultura, mostram grande interesse em evoluir, crescer e aprender novas coisas, coisas que lhe permitam ter uma vida digna, a que todos temos direito.
Mostraram grande interesse em desenvolver competências a vários níveis, principalmente a nível escolar e laboral. (Gráfico IV e VII, do Anexo XIV)
Foi-nos possível comprovar pelos inquéritos por questionários realizados, que a maioria se encontra desempregada, mas também com ambições. Em conversas informais, exploramos melhor este lado, foi com agrado que detectamos que também grande maioria, demonstrou interesse em entrar no mercado de trabalho. A realidade vida desta comunidade é segundo a Dr.ª Marília Santos (nossa tutora), é que a maioria da comunidade subsiste através de rendimentos de economia paralela “ …ao contrário daquilo que as pessoas pensam os ciganos não vivem do RSI, são uns trocos a mais que eles têm, eles quase todos tem actividades paralelas, que são difíceis quantificar”, (ANEXO III, Resposta 36 ), em contrapartida o patriarca afirma também que na comunidade não existe outro meio de subsistência se não o rendimento mínimo, “ Não, não temos actividade nenhuma, quando é altura sempre vamos a ver se ganhamos alguma coisinha, mas isto tá muito mau, alguma coisinha que ganhamos é do rendimento mínimo.” (ANEXO VI, resposta 12)
Segundo ainda o Patriarca é-lhes muito difícil encontrar emprego, uma vez que a oportunidade de ser seleccionado para um emprego é logo excluída pela sociedade devido ao facto de serem ciganos.