" Diz-me e eu esquecerei, Ensina-me e eu lembrar-me-ei, Envolve-me e eu aprenderei." [i]
A comunidade cigana é uma das consideradas minorias étnicas no nosso país. As dificuldades de integração desta população continuam a persistir...apesar do pouco que se vem fazendo para combater este handicap social, muito ainda há por se fazer, tal como criar objectivos concretos de integração social para esta comunidade. A Educação Social tem aqui e neste sentido um papel fundamental e de responsabilidade para uma consciencialização social de forma positiva visando a reinserção.
Quando falamos em Educação Social devemos analisar as características do meio social envolvente ao sujeito a intervir, já que essa educação é uma resposta à realidade social provocada pelo impacto das novas tecnologias (sociedade da informação e da comunicação) , da transformação dos meios de sociabilidade tradicionais (familiar, cultural, profissional, valores, desestruturação dos movimentos sociais, etc.) , meios de comunicação social, do consumo, das novas bolsas de pobreza, da exclusão social, da crise do Estado de bem-estar, etc. (Martins, 2002, p.7)
Portanto, o Educador Social apresenta-se como um agente socioeducativo, portador de competências necessárias para intervir de uma forma ordenada e planificada nos mais diversificados contextos sociais. Tais como, com os grupos desfavorecidos, em situações de risco, inadaptados ou com problemas a nível social, ou seja, onde se enquadram as minorias étnicas. A comunidade cigana é portadora de uma cultura extremamente vincada, que vive na sua maioria segregada socialmente, culturalmente e geograficamente, enquadrando-se nestas minorias excluídas pela sociedade actual.
Segundo alguns autores, os ciganos encontram-se ausentes do seu papel de cidadania activa, é neste âmbito que o Educador Social intervém, munido de um conhecimento profundo sobre esta realidade, tem a capacidade de valorizar e reconhecer suas capacidades, levá-los a reconhecer as suas potencialidades e desenvolve-las através da educação, pois educar em educação social é educar para a cidadania e tornar-se cidadão activo é privilegiar o bem de todos (Carvalho e Batista, 2008).
O Educador Social tem o papel de incutir em todas as suas práticas, ideias democráticas que contribuam para desenvolver e assegurar a participação activa das pessoas, no sentido da uma emancipação colectiva que defenda os direitos humanos, contribuindo assim para um mundo mais justo (Freire 1998).
É neste contexto que a comunidade cigana muitas vezes cresce em ambientes adversos ao seu desenvolvimento humano, de pobreza ou da exclusão social. Longe das políticas assistencialistas o educador social deverá acreditar no poder das pessoas em atingirem a sua felicidade pessoal, apostando num empowerment dos indivíduos, capacitando-os para a mudança de hábitos e atitudes para uma melhor integração, quebrando o assistencialismo. Esta capacitação é designada como empowerment, ela acontece através de um diálogo na horizontal, da interacção e da conscientização, auto-mobilizando a pessoa para uma mudança, e consequentemente na sua libertação. (Freire, 1998)
Enquanto futuras Educadoras Sociais, alguns dos objectivos a que nos propomos para com esta comunidade específica e de acordo com a nossa perspectiva poderão ser alcançados, segundo os autores Carvalho e Batista (2008), através de dinamizações de actividades educativas, sociais, culturais, a exemplo das que temos promovido, promovendo competências e a sua auto-estima, impulsionam à colmatação da exclusão, preconceito, estereótipos e discriminação presente. Estas acções são pertinentes e urgentes a serem aplicadas e desenvolvidas com toda a sociedade em geral.
“El Educador Social contribuye a la prevención estructural interviniendo comunitariamente por médio de la crianción de um clima educativamente enriquecido y estimulante y favoreciendo el desarrollo de las habilidades y hábitos que resultan necessarias para conseguir una adecuada integración social principalmente de aquellos que, por haber crecido en ambientes sociales desfavorecidos y ! o inadecuados, presentan algún tipo de déficit o daño (danho) en el proceso de su socialización.” (Sánchez, 1995, p.p.28, 39).
É neste contexto que a comunidade cigana muitas vezes cresce em ambientes adversos ao seu desenvolvimento humano, de pobreza ou da exclusão social. Longe das políticas assistencialistas o educador social deverá acreditar no poder das pessoas em atingirem a sua felicidade pessoal, apostando num empowerment dos indivíduos, capacitando-os para a mudança de hábitos e atitudes para uma melhor integração, quebrando o assistencialismo. Esta capacitação é designada como empowerment, ela acontece através de um diálogo na horizontal, da interacção e da conscientização, auto-mobilizando a pessoa para uma mudança, e consequentemente na sua libertação. (Freire, 1998)
Enquanto futuras Educadoras Sociais, alguns dos objectivos a que nos propomos para com esta comunidade específica e de acordo com a nossa perspectiva poderão ser alcançados, segundo os autores Carvalho e Batista (2008), através de dinamizações de actividades educativas, sociais, culturais, a exemplo das que temos promovido, promovendo competências e a sua auto-estima, impulsionam à colmatação da exclusão, preconceito, estereótipos e discriminação presente. Estas acções são pertinentes e urgentes a serem aplicadas e desenvolvidas com toda a sociedade em geral.
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Sónia Quaresma
Carvalho, A. E Batista, I. (2008) Educação Social, Fundamentos e Estratégias – Porto: Porto Editora
Martins, E. (2002). Revista de Educação Social. Espaço Social. Intervenção comunitária, (4), 7
Freire, P. (1998). Pedagogia do Oprimido – Rio De Janeiro: Paz e Terra
Sanchéz, A., (1995). PERFIL del Educador Social. Claves del Educacion Social, 0, 28-39.
[i] Provérbio chinês
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